Poema escrito em 1999, guardado na folha original em imagem.
Escrever é uma maneira de pensar no papel... Para atrever-se a escrever é preciso disposição de abrir-se à mirada do outro, reconhecer-se como sujeito aprendente, como sujeito autor, como sujeito pensante, para que outros questionem seu pensamento concorde ou não com ele ou até mesmo apenas o apreciem como quem aprecia a uma obra de arte. Isiara Caruso
segunda-feira, outubro 24, 2016
segunda-feira, outubro 17, 2016
Um País se faz com homens e livros
Dia 13 de outubro recebi o maior presente que um escritor pode ter, ver seu livro funcionando como texto base de um projeto realizado pela turma 42 da Escola Municipal Vista Alegre da Cidade de Cachoeirinha, Prof.ª Odete M. Fofonka.
Neste momento, depois de tantos anos atuando na área da educação, podemos demonstrar que através do trabalho em sala de aula, que a Literatura dá asas e criança que gosta de ler pode conhecer o mundo através das páginas dos livros.
Fica aqui um pedido aos políticos brasileiros, não recortem investimentos em educação ou estarão lançando o Brasil no pior momento de sua história presente e futura. Já disse Lobato em sua iluminada vida de brasileiro ilustre: " Um país se faz com homens e livros".
Neste momento, depois de tantos anos atuando na área da educação, podemos demonstrar que através do trabalho em sala de aula, que a Literatura dá asas e criança que gosta de ler pode conhecer o mundo através das páginas dos livros.
Fica aqui um pedido aos políticos brasileiros, não recortem investimentos em educação ou estarão lançando o Brasil no pior momento de sua história presente e futura. Já disse Lobato em sua iluminada vida de brasileiro ilustre: " Um país se faz com homens e livros".
quarta-feira, setembro 14, 2016
SINTO VERGONHA DE MIM - Poesia de Rui Barbosa
RUI BARBOSA -
um dos intelectuais mais brilhantes do seu tempo, foi um dos organizadores da
República e coautor da constituição da Primeira República juntamente com
Prudente de Morais. Rui Barbosa atuou na defesa do federalismo, do
abolicionismo e na promoção dos direitos e garantias individuais. (Wikipédia). Deixou-nos esta pérola, infelizmente, perfeita
para o momento atual.
Como ele
sinto vergonha de mim.
Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de
parte deste povo,
por ter batalhado sempre
pela justiça,
por compactuar com a
honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já
chamado varonil
enveredar pelo caminho da
desonra.
Sinto vergonha de mim
por ter feito parte de uma
era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus
filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos
vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o 'eu' feliz a qualquer
custo,
buscando a tal 'felicidade'
em caminhos eivados de
desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro
cometido,
a tantos 'floreios' para
justificar
actos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre 'contestar',
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim
pois faço parte de um povo
que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha
impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir o meu Hino
e jamais usei a minha
Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação
de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo deste mundo!
'De tanto ver triunfar as
nulidades,
de tanto ver prosperar a
desonra,
de tanto ver crescer a
injustiça,
de tanto ver agigantarem-se
os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da
virtude,
A rir-se da honra,
a ter vergonha de ser
honesto'.
Rui Barbosa
terça-feira, agosto 09, 2016
Cocorotti
Cocorotti acaba de levantar voo do “Centro Vecinal Miguel
Muñoz A”, onde foi contar sua história aos amiguinhos da classe de artes da
professora Antonella.
Passamos
momentos bem legais, no final estes pequenos artistas desenharam detalhes
importantes da vida deste Galo famoso da Filarmônica de Galópolis.Adoraram as imagens da Monika Papescu.
quinta-feira, julho 21, 2016
sexta-feira, julho 08, 2016
Amor y "saudade"
No quisiera estar así,
la vida se parte y reparte
en mil pedazos de mí,
trozos que se juntan
en lo que soy y siento
en lo que vivo y revivo
en cada momento de mi vida.
Lejos y cerca se oponen
al mismo tiempo que se unen
haciéndose astillas en mi ser.
Como estar y no estar?
Difícil el arte de amar
y de sentir “saudade”.
quinta-feira, junho 23, 2016
Experiência de quase vida
Um
túnel longo e uma luz lá no final. Parecia um daqueles dos relatos de
experiência de quase morte que de vez em quando ficam na moda. Começou a
lembrar então... carro...carro na contra mão... freios... sirene... Foi isso
então! Aquilo era uma das tais experiências de quase... ops, será que é só
quase mesmo? Mas que diferença vai fazer saber disso agora, seja quase ou
completa, não mandava na experiência.
E
exatamente como dizem “passou um filme da minha vida diante dos meus olhos”, e
nesse caso se o filme tivesse um nome seria: Quase. O quase banho de chuva, o
quase tombo de bicicleta na infância. O medo sempre deixara tudo no quase, na
adolescência também, o quase fora daquela
guria ( nunca vai saber se ia levar um fora mesmo, ficou só no quase...),
a quase banda. E depois de adulto não mudou muito, quase mudança de emprego que
talvez tivesse melhorado sua vida.
Agora
vozes:
-
Ernesto, Ernesto... abre os olhos!
Estava
numa sala de emergência, tipo essas dos filmes, um tubo enfiado na goela por
onde respirava, não dá para falar, vontade de tossir, mas também não dava.
A
morte também ficou no quase...
sábado, maio 14, 2016
Kháos
No princípio era o caos,
o vazio, o nada,
A profundeza, medos,
eco profundo.
Troços de incerteza,
confusões infernais.
A folha em branco é o caos.
Anseio,
olho-a, viro reviro-a.
O nada.
Mergulho no seu seio
e o eco responde meus ais.
Cato as palavras,
não as vejo mais,
escorregam espantadas
entre meus dedos desesperados
não formo frases,
crio emaranhados.
O Kháos.
Isiara Caruso
sábado, janeiro 30, 2016
Vou-me embora! (pra onde mesmo?).
Outro dia escutando um poema em que Jessie Quirino deseja
voltar ao passado, porque lá neste lugar do tempo o mundo era melhor, comecei a
analisar a vida que tenho hoje e a que tinha no passado e pensei: “Vou embora
pro passado” sonhando ir ao encontro das coisas simples daquele tempo.
Olho pela janela e vejo os anos 50 desfilando lá fora, anos
em que vivi a primeira década da minha vida, minha infância. Lá as ruas eram
tranquilas, podíamos brincar e correr pelo meio da rua sem nos preocuparmos com
o trânsito, pois raramente passaria um automóvel por ali. Então o jogo de bola
corria solto, o esconde-esconde, os brinquedos de roda podiam ocorrer sem
pressa.
Esta era a verdade, o mundo não tinha pressa. As coisas eram
mais tranquilas. As máquinas de calcular estavam nos grandes negócios e eram
imensas, ocupavam boa parte do balcão seja da loja, do bar ou da livraria. Na
escola, não estavam com certeza, o máximo era um lápis aonde vinha tabuada
impressa e rapidamente saía de nossas vistas em um dia de sabatina. Está aí
algo engraçado, fazíamos sabatina em qualquer dia da semana, mas a palavra tem
origem na revisão que se fazia no sábado da matéria dada durante a semana.
A segunda guerra mundial acabara há pouco tempo e começava a
se restabelecer o crescimento, apareciam coisas e modas que fizeram desta
década a época de ouro, nome pelo qual é reconhecida até hoje. Os famosos anos
dourados quando apareceu o rock, beldades de cinema, famosas até hoje e
copiadas ainda pelas novas gerações. Há poucos dias venderam aquele vestido da
Marilyn (aquele que levantou com o vento) por alguns milhões de dólares. Lindos
tempos!
Nas cidades interioranas lá pelas dezoito horas, quando o
sino das igrejas dava as seis badaladas da hora do “ângelus” ouviam-se nomes
gritados pelas mães que chamavam seus filhos para casa, pois era hora da janta
e o pai estava por chegar. As crianças estavam pelas redondezas jogando bola,
soltando pandorga, brincando com seus companheiros de bairro, sendo crianças,
crescendo e construindo-se para o futuro. Hoje desaprendem o ser criança.
Transformam-se numa imitação dos adultos, presos a uma imagem vendida pelos
meios de comunicação, pelas redes sociais, seus corpos esqueceram as lições da motricidade,
vivem encerrados em si mesmos em nome da comunicação.
Alguma vez escuto no eco da memória palavras dos adultos,
que se matavam trabalhando, e diziam que tinham que deixar um mundo melhor para
os filhos e netos. Hoje reavaliando o que passou parece-me que se criaram
facilidades em relação ao mundo de ontem, é um mundo melhor com mais
ferramentas, com mais tecnologia. Não se necessita mais ir para o tanque lavar
trouxas de roupa como se fazia, a máquina de lavar e até a de secar dão conta
de tudo, a geladeira de antes onde se colocava o gelo que o geleiro trazia não
está mais, temos os refrigeradores modernos, os freezer, enfim tanta coisa para
deixar a vida mais prazenteira. As comunicações encurtaram distâncias, o
conhecimento do mundo inteiro esta ao alcance de um clique, percorrem-se
caminhos antes impensados, mas, em tudo isto parece ter havido um lapso.
Preocuparam–se em deixar um mundo melhor para os filhos, mas não em deixar um
filho melhor para viver neste mundo. E deu no que deu. Hoje temos uma série de
pessoas desajustadas que não sabem o que fazer com o mundo que têm e muitas
vezes a solução mais fácil é destruir o que hipoteticamente os agride, do que
preservar.
E aí entramos na roda outra vez.
Volto à vidraça!
Agora as coisas lá fora já têm um ritmo voraz. O mundo tem
pressa e devora o que se interponha em seu caminho. Onde está minha boneca de
massa? Onde está a pandorga que voava? Onde estão as bolinhas de gude que o
menino atirou? Onde está a menina que brincava com bonecas? Onde estão os
meninos que jogavam bola?
IsiCaruso
17/07/2011.
quarta-feira, janeiro 27, 2016
43ª Feira do Livro da FURG 2016
43ª Feira do Livro da FURG
2016
Este ano vivi um momento maravilhoso a bordo de meu livro COCOROTTI, na minha cidade adotiva, RIO GRANDE, minha terra do coração!
Nela cheguei quando tinha apenas dois anos e aí vivi minha infância, adolescência, me formei professora no Pedagoga na FURG.
Aí nasceram meus filhos Rogério e Roberto "papareias" fervorosos e orgulhosos de suas origens.
Renasci no contato com meus amigos, colegas,alunos e suas famílias.
Posto aqui fotos destes momentos lindos.
Patrono Oscar Brisolara |
Dr Oswaldo Barbosa e Silvia |
Apresentação dos autografantes. |
Silvia Fresteiro Barbosa |
Vera Marcia Torranteguy |
Jussara |
Profª Marai Graça Sucena |
Neli Silveira |
Filha de minha Amiga Zeneida Nobre e netinhos amados. |
Dulce e netinha |
Pri Velasques |
Aldina e esposo |
Dulce e netinha |
Profª Nilza Fontoura. |
Com ela aprendi muito. |
Prof. Oscar Brisolara |
Oscar Brisolara e Cristina, minha estagiária nos anos 70 |
Cristina, como se fosse ontem |
Profª Nilza com meu livro. Estonteante. |
Lembrando bons tempos. |
Cristina e um voo no tempo. |
Meu esposo Antonio, profº Brisolara e Cristina |
Mano Paulo e Angela |
Meu Cocorotti e eu |
Como na adolescência. |
Amigos queridos |
Meu esposo Antonio, obrigada pela parceria, o copanheirismo e apoio. |
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