Escrever é uma maneira de pensar no papel... Para atrever-se a escrever é preciso disposição de abrir-se à mirada do outro, reconhecer-se como sujeito aprendente, como sujeito autor, como sujeito pensante, para que outros questionem seu pensamento concorde ou não com ele ou até mesmo apenas o apreciem como quem aprecia a uma obra de arte. Isiara Caruso
domingo, dezembro 23, 2007
sexta-feira, dezembro 21, 2007
Caminho?
Se traça com passos,
que deixam marcas atrás.
Pegadas que ficam,
que ora se apagam
ou se misturam com tantas
ou se transformam em abraços.
Para atrás o tudo,
para frente...quiçá.
O caminho se fará.
As escolhas estão,
os momentos se vivem
e se vão.
Deste traçado,
por vezes,
ventos levantam poeira:
-que vem do passado,
-que impõe barreiras,
-que atiram ao espaço.
É momento de espera,
de reflexão,
de escolhas,
dos próximos passos.
Do caminho.
Se traça com passos,
que deixam marcas atrás.
Pegadas que ficam,
que ora se apagam
ou se misturam com tantas
ou se transformam em abraços.
Para atrás o tudo,
para frente...quiçá.
O caminho se fará.
As escolhas estão,
os momentos se vivem
e se vão.
Deste traçado,
por vezes,
ventos levantam poeira:
-que vem do passado,
-que impõe barreiras,
-que atiram ao espaço.
É momento de espera,
de reflexão,
de escolhas,
dos próximos passos.
Do caminho.
Isiara Mieres Caruso
30/11/2006.
domingo, dezembro 09, 2007
aunque
aunque es noche,
y no haya luna
y las estrellas brillen solas,
ahí estaran:
la poesía,
las palabras,
la alegría.
y no haya luna
y las estrellas brillen solas,
ahí estaran:
la poesía,
las palabras,
la alegría.
terça-feira, novembro 06, 2007
sábado, novembro 03, 2007
Estranha visitante
Todos os dias mal anoitecia e ela passava, por vezes tão misteriosa que nem a via. Em outros, menos discreta, deixava seu esguio rastro luminoso.
Dia a dia se mostrava mais bela. Repleta de luz admirava-se no espelho do lago.E vinha sorrir, formosa, diante de minha janela.
(conto com 50 palavras)
Todos os dias mal anoitecia e ela passava, por vezes tão misteriosa que nem a via. Em outros, menos discreta, deixava seu esguio rastro luminoso.
Dia a dia se mostrava mais bela. Repleta de luz admirava-se no espelho do lago.E vinha sorrir, formosa, diante de minha janela.
(conto com 50 palavras)
domingo, setembro 09, 2007
segunda-feira, agosto 20, 2007
Palavras
Palavras
são indomáveis
e por vezes escapam
entre os dentes,
se enrolam na lingua,
tropeçam nos lábios
e se projetam como dardos
rápidos....
e estragam tudo!
Ou são como suaves ditos,
que adoçam o gosto
e fazem o sorriso
se pintar no rosto.
Isiara Mieres Caruso
são indomáveis
e por vezes escapam
entre os dentes,
se enrolam na lingua,
tropeçam nos lábios
e se projetam como dardos
rápidos....
e estragam tudo!
Ou são como suaves ditos,
que adoçam o gosto
e fazem o sorriso
se pintar no rosto.
Isiara Mieres Caruso
Portanto existo
Escrevo,
portanto existo.
Deixo marcas nesta página.
Como as pegadas na areia,
que trazem areia p’ro pé,
trago letras p’ra minh’alma
e assim a tenho letreada,
cheia de letras pegada,
pegadas que se fazem letras
e ficam aí apegadas
como se fossem sonhos sonhados,
ou fantasias vividas
nos pensamentos:
pensados,
pesados,
grafados,
gravados,
inscritos,
escritos.
Me inscrevo.
Me escrevo.
Portanto existo.
quinta-feira, julho 05, 2007
quinta-feira, junho 21, 2007
quinta-feira, junho 07, 2007
Escrito para meu filho Rogério quando fez 33 anos!
Trinta e três
“Diga trinta e três”
Agora é tua vez!!
Vamos lá,
sem duvidar:
conta trinta e três estrelas,
e faz um pedido,
dá trinta e três beijos em quem ames
e diga-lhe num sussurro ao ouvido,
“te amo”,
dá trinta e três sorrisos
às primeiras trinta e três pessoas que vires,
e ele naõ se apagará jamais de teus lábios
e se multiplicarão,
voltarão à ti,
lembra trinta e três momentos felizes,
(os melhores)
e acende uma velinha por cada um deles,
Dá trinta e três abraços,
(no dia de hoje)
e te sentirás pleno de felicidade.
Vivestes já trinta e três anos de tua vida.
Daqui em diante lembra de:
viver sem perder teus sonhos,
construir teu próprio destino,
pensar com toda tu’alma,
dormir com tua paz,
e amar com todo teu coração
como se foras sempre um menino,
o meu menino.
Te amo muito
Mami Isi
27/11/2004
“Diga trinta e três”
Agora é tua vez!!
Vamos lá,
sem duvidar:
conta trinta e três estrelas,
e faz um pedido,
dá trinta e três beijos em quem ames
e diga-lhe num sussurro ao ouvido,
“te amo”,
dá trinta e três sorrisos
às primeiras trinta e três pessoas que vires,
e ele naõ se apagará jamais de teus lábios
e se multiplicarão,
voltarão à ti,
lembra trinta e três momentos felizes,
(os melhores)
e acende uma velinha por cada um deles,
Dá trinta e três abraços,
(no dia de hoje)
e te sentirás pleno de felicidade.
Vivestes já trinta e três anos de tua vida.
Daqui em diante lembra de:
viver sem perder teus sonhos,
construir teu próprio destino,
pensar com toda tu’alma,
dormir com tua paz,
e amar com todo teu coração
como se foras sempre um menino,
o meu menino.
Te amo muito
Mami Isi
27/11/2004
sábado, maio 12, 2007
calma
Para que ter pressa
se igualmente a vida passa
se tudo acontece a seu tempo
e se o tempo de tudo está pautado
e se o encantamento é vivê-la a cada passo
e...
se quebrar o rítmo e o compasso
...o andar...
estará comprometido
...o olhar...
ficará menos detido
...a voz...
se perderá no espaço
e o prazer do momento,
perdido?
Isiara
Para que ter pressa
se igualmente a vida passa
se tudo acontece a seu tempo
e se o tempo de tudo está pautado
e se o encantamento é vivê-la a cada passo
e...
se quebrar o rítmo e o compasso
...o andar...
estará comprometido
...o olhar...
ficará menos detido
...a voz...
se perderá no espaço
e o prazer do momento,
perdido?
Isiara
domingo, abril 29, 2007
O Eco do oco
Ando meio sem rima nos últimos tempos, não sei se perdi a poesia ou ela se perdeu de mim. Talvez as coisas andaram caminhando em agonia, quiçá, não sei. Sei lá...da perda...da orfandade...
Mas agora que só resta a nostalgia, não poderia assim deixar a pena cair da mão, por “pena”de mim ou por ...sei lá porque...não sei..
Ando remexendo no tacho das memórias frias, quem sabe seja isto o que me está trançando as fantasias, as lembranças, meu ser criança de outros tempos, outras auroras, outros carnavais que não sambei...
As palavras se perdem em oco, não em vazio ou em nada, mas num oco cheio de eco, cheio de sons e cheiros: de Maria Fumaça na praia...pipoca, do doce da Sol de Ouro, domingo de tarde, de matiné de cinema no Sete ou no Carlos Gomes, daquela ovelhinha de Páscoa..., candy da Tamandaré...o amendoim da maquininha de Trem na frente do cinema...do grito na calçada...”tem pão quente”..”mamãe dá licença?...quantos passos”...
Quantas voltas deu o mundo, em que volta a gente se perde da infância que se vai e não a vemos partir?
A despedimos um dia (a infância) e nos pusemos a buscar novos caminhos, nosso horizonte e nos fomos distanciando da simplicidade do ser criança e acabamos, como todos nos perdendo no adulto que somos hoje. Aí por vezes paramos olhamos para trás e perguntamos: “Mamãe quantos passos?” e ninguém mais responde...agora nós é que temos que responder..."um miudinho” (para que o gurí ou a guría não corram tanto)...
E aí saio eu a buscar as rimas...
Isiara Mieres Caruso
07/02/2007
Isiara Mieres Caruso
07/02/2007
Ando meio sem rima nos últimos tempos, não sei se perdi a poesia ou ela se perdeu de mim. Talvez as coisas andaram caminhando em agonia, quiçá, não sei. Sei lá...da perda...da orfandade...
Mas agora que só resta a nostalgia, não poderia assim deixar a pena cair da mão, por “pena”de mim ou por ...sei lá porque...não sei..
Ando remexendo no tacho das memórias frias, quem sabe seja isto o que me está trançando as fantasias, as lembranças, meu ser criança de outros tempos, outras auroras, outros carnavais que não sambei...
As palavras se perdem em oco, não em vazio ou em nada, mas num oco cheio de eco, cheio de sons e cheiros: de Maria Fumaça na praia...pipoca, do doce da Sol de Ouro, domingo de tarde, de matiné de cinema no Sete ou no Carlos Gomes, daquela ovelhinha de Páscoa..., candy da Tamandaré...o amendoim da maquininha de Trem na frente do cinema...do grito na calçada...”tem pão quente”..”mamãe dá licença?...quantos passos”...
Quantas voltas deu o mundo, em que volta a gente se perde da infância que se vai e não a vemos partir?
A despedimos um dia (a infância) e nos pusemos a buscar novos caminhos, nosso horizonte e nos fomos distanciando da simplicidade do ser criança e acabamos, como todos nos perdendo no adulto que somos hoje. Aí por vezes paramos olhamos para trás e perguntamos: “Mamãe quantos passos?” e ninguém mais responde...agora nós é que temos que responder..."um miudinho” (para que o gurí ou a guría não corram tanto)...
E aí saio eu a buscar as rimas...
Isiara Mieres Caruso
07/02/2007
Isiara Mieres Caruso
07/02/2007
domingo, abril 22, 2007
A voz do silêncio
A sinfonia do silêncio
amanheceu na retina da noite,
violou meus sentidos,
adormecidos...
cansados do ruidos da vida,
do seu açoite.
De quimeras...
cansada.
A voz do silêncio
acalantou meu coração,
acomodou meus ais,
num doce abraço,
de silêncios ocos
de palavras mudas,
de marcas transpassadas.
Isiara Caruso
15/11/02
sexta-feira, abril 06, 2007
quinta-feira, abril 05, 2007
A Lua
O luar persegue meus olhos,
através da pequena fresta na janela
e zomba de minha louca agonia
de sonhar sem vestir a fantasia
por desnudar-me de mim
frente ao espelho no escuro
da noite que morre fria.
através da pequena fresta na janela
e zomba de minha louca agonia
de sonhar sem vestir a fantasia
por desnudar-me de mim
frente ao espelho no escuro
da noite que morre fria.
segunda-feira, abril 02, 2007
sexta-feira, fevereiro 16, 2007
Memória
teia que enreda toda história
que sepulta as dores e sorrisos
e os amontoa em lugares esquecidos
lago manso de água adormecida
cristalino, puro, sossegado
sob o céu azul do esquecimento
16/02/2007
que sepulta as dores e sorrisos
e os amontoa em lugares esquecidos
lago manso de água adormecida
cristalino, puro, sossegado
sob o céu azul do esquecimento
16/02/2007
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